Paco Bandeira
A construção deste poema, para a maioria dos jovens, é totalmente fora do contexto actual.
Nós da geração de 60/70, gostámos desta canção, por tudo o que estava envolvido nela, as palavras sobre músicas, filmes, pessoas e situações que nos deixaram muitas e boas recordações.
Por isso, e para que os jovens de hoje possam apreciar aquilo que vivemos nessa época, passo a "dissecar" o poema com "links" para algumas das definições das palavras escritas.
Espero que gostem e votos de BOAS FESTAS e BOM ANO NOVO
Minha 5ª Sinfonia
Quando me lembro quem eras,
Desse corpo que foi nosso,
Desse amor que não deu certo.
Era o tempo das quimeras,
Das palavras em silêncio,
Quando mais longe era perto.
Tinhas nos olhos a esperança,
Os desejos de aventura,
As ilusões que eram minhas.
Nos momentos de ternura,
Tinhas nos seios a graça,
Das primaveras que tinhas.
“E foste a música que em mim ficou,
Quando a distância nos fez separar,
Ando louco para te encontrar”.
Foste a “5ª Sinfonia”,
Fuga da nossa verdade,
“Sonata tocada em mi”.
Foste o meu sol afinado,
Neste samba de saudade,
Vinicius, Nara e Jobim.
Foste verso de balada,
Foste pintura abstracta,
Meu “Bolero de Ravel”.
Foste música sonhada,
Numa canção de “Sinatra”,
Com um poema de “Brel”
“E foste a música que em mim ficou,
Quando a distância nos fez separar,
Ando morto para te encontrar”.
Foste estrela de cinema,
Minha “Dama de Xangai”,
“Hiroshima meu amor”.
A minha “Grande ilusão”,
Eras “Fúria de viver”,
“Quanto mais quente melhor”.
“Grande amor da minha vida”,
“Senso, silêncio, paixão”
“Buñuel”, “Fellini”, “Truffaut”.
Foste “Luzes da ribalta”,
“Música no coração”,
“E tudo o vento levou”
“E és ainda o que me faz sentir,
Dentro da vida p’ra te cantar,
Ando louco para te encontrar”
... Para te encontrar ...
Quando me lembro quem eras,
Desse corpo que foi nosso,
Desse amor que não deu certo.
Era o tempo das quimeras,
Das palavras em silêncio,
Quando mais longe era perto.
Tinhas nos olhos a esperança,
Os desejos de aventura,
As ilusões que eram minhas.
Nos momentos de ternura,
Tinhas nos seios a graça,
Das primaveras que tinhas.
“E foste a música que em mim ficou,
Quando a distância nos fez separar,
Ando louco para te encontrar”.
Foste a “5ª Sinfonia”,
Fuga da nossa verdade,
“Sonata tocada em mi”.
Foste o meu sol afinado,
Neste samba de saudade,
Vinicius, Nara e Jobim.
Foste verso de balada,
Foste pintura abstracta,
Meu “Bolero de Ravel”.
Foste música sonhada,
Numa canção de “Sinatra”,
Com um poema de “Brel”
“E foste a música que em mim ficou,
Quando a distância nos fez separar,
Ando morto para te encontrar”.
Foste estrela de cinema,
Minha “Dama de Xangai”,
“Hiroshima meu amor”.
A minha “Grande ilusão”,
Eras “Fúria de viver”,
“Quanto mais quente melhor”.
“Grande amor da minha vida”,
“Senso, silêncio, paixão”
“Buñuel”, “Fellini”, “Truffaut”.
Foste “Luzes da ribalta”,
“Música no coração”,
“E tudo o vento levou”
“E és ainda o que me faz sentir,
Dentro da vida p’ra te cantar,
Ando louco para te encontrar”
... Para te encontrar ...
Você não imagina a minha alegria ao encontrar essa postagem!
ResponderEliminarEu adoro essa bela declaração de amor cantada na voz desse grande cantor.
Só tenho a lhe agradecer tamanha dádiva!
Um abraço carinhoso