terça-feira, 1 de janeiro de 2013

De esperança duvidosa...


E é isto


"Se pudesse abrir ou suspender a vida como faço com os livros, 

hoje seria o dia. Teria apagado a luz da cabeceira e fechado as 
páginas sem usar separador. 

Ouvi os fogos ao longe, a esperança resgatada das gargantas, 
os gritos em contagem decrescente, o nascer de um novo ano. 
Era aí que pousaria a vida como esta fosse o livro de que me 
despeço nas noites. Quando a voltasse a abrir, sem saber a 
página onde ia, deixaria ao acaso ou a Deus a clemência de me 
transportar para o lugar onde todos, mais calmos, sorríssemos 
sem necessidade de artifícios e gritos de champanhe."