Uma mente débil – o induzido (no caso, o seduzido)
Uma mente perversa – o indutor (no caso, o sedutor)
Uma ignição – o despoletador (no caso, a mãe do seduzido)
A mente débil telefona à ignição dizendo que quer deixar de ser o seduzido.
A ignição liga para a mente perversa para saber o que se passa com a mente débil.
A mente perversa assusta-se, pelo sinal de rejeição que se apresenta.
Mente perversa, o sedutor (no caso, gay), já cansado da sua
“Solidão Povoada”, altamente passsional, ciumento, possessivo e
violento perante uma rejeição (conforme o demonstra o final de
relações anteriores), com uma premonição de que seria assassinado
um dia, que gostava de morrer em Nova Yorque e as suas
cinzas espalhadas em Times Square, confronta a mente débil.
No meio de acusações e da rejeição, as descargas eléctricas sucederam-se.
Duas cargas positivadas em luta.
Uma carga perversa a dar tudo por tudo,em alta tensão, para manter o
estatuto adquirido, passional.
A outra em regressão para a positividade, querendo fugir daquela
carga que o martiriza.
Mente perversa, perante a rejeição, pensa: "Se não és para mim,
não serás para mais ninguém".
Como os factores da sua “solidão povoada” e todos os seus desejos
se conjugam, parte para a violência.
Violência gera violência.
Mente débil (formado em Desporto mas, de mente ainda pouco
formada) reage à violência.
...
Mente perversa (conhecedora do dom das palavras) com
pensamentos-abertos, palavras e, até talvez, atos insiste com os
seus argumentos e sua oposição à rejeição presente.
"Perdido por cem, perdido por mil"
Mente débil, como desportista usa uma regra também usada na guerra
pois sabe que “a melhor defesa é o ataque”, indo precisamente
ao encontro dos pensamentos macabros da mente perversa
disposta a se imolar em sacrifício e assim concretizar todos os seus
desejos finais : “Se querias uma vida boa, vais ter a vida que eu quizer que tenhas.
Eu morro em Nova Yorque, mas tu não sais também daqui”.
...
É uma teoria talvez descabida, eu sei.
Mas é o que me ocorreria fazer suceder se fosse gay,
já cansado da vida...
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Carlos Castro (jornalista - cronista social português), 65 anos foi
assassinado num Hotel em Times Square pelo seu jovem amante,
Renato Seabra (modelo em ascensão – desportista – formado em
Desporto), 21 anos.
O crime ocorreu na passada sexta-feira, dia 7 de Dezembro de 2011.
As disposições finais do jornalista concretizaram-se.
A vida em ascensão do modelo é todavia uma incógnita.
Tudo pode acontecer...