segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"O divã do nosso esquecimento"

(Razão versus emoção)

Como os sujeitos se recordam de suas análises? 
O tratamento psicanalítico quando realizado na infância traz 
questões para o trabalho da memória e do esquecimento. 
A forma da lembrança da experiência de análise na infância 
parece diferir da forma da lembrança da experiência de 
análise na idade adulta.
Nas lembranças da análise na infância estão os rastros, 
traços laterais da experiência- o trabalho da lembrança se 
dirige ao que está em volta da situação principal. 
Nas lembranças da análise do adulto, as lembranças 
das sessões, as recordações são indexadas principalmente
ao tempo.

Assim, hoje ele lembra:
“Praticamente nada. 
Ela falava muito, mas muito mesmo, como Freud no caso Dora. 
Tinha uma mente afiada, interpretações cortantes. 
Ela era um perigo. Uma mulher muito sharp, que interpretava fundo, 
mas não lembro de nenhuma interpretação. 
Ela me fazia chorar, uma coisa boa, umedecer o divã... 
O divã é o grande foro das resistências. Lembro-me de 
permanecer durante uma hora com uma tonelada de peso na barriga, 
incapaz de proferir uma palavra... 
Não me lembro de nada em particular, apenas uma espécie de
ritmo, uma necessidade de intercâmbio que fazia de cada sessão 
muito boa ou muito má, no sentido de sair péssimo, ou seja, 
quando a experiência havia sido marcante”.


****
Analise-me!

1 comentário:

  1. Joe Ant!?
    Sou Psicopedagoga clínica.
    Meu trabalho é atuar nas dificuldades de aprendizagem.
    Não sou psicoterapêutica. Se fosse psicanalista, não precisaria da ajuda psiquiátrica.
    Mas...apesar da minha formação, não esqueço nada. Nada que diz respeito aos meus alunos, e outras tantas pessoas, pois, antes de serem alunas, ou amigas, ou parentes são seres humanos.
    Gde abraço.

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