Morre devagar quem não se ama a si mesmo, quem não olha em seu redor, quem não ajuda o seu semelhante, quem insiste em se isolar.
Morre devagar quem destrói ou permite que lhe destruam o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, quem se transforma em escravo da rotina, repetindo todos os dias os mesmos gestos e percursos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou a conversar com quem não conhece.
Morre devagar quem evita uma paixão com medo de sofrer, quem prefere o negro ao vermelho e os pontos nos "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, das que trazem o brilho aos olhos, mudam os bocejos em sorrisos e põem os corações a bater descompassados.
Morre devagar quem não reage quando está infeliz com o seu trabalho, com o amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre devagar, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre devagar, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando questionado sobre algo que sabe.
Evitemos essa morte lenta, recordando sempre que viver exige um esforço muito maior que o simples acto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos tudo o que preenche os nossos sonhos.
Meu querido...
ResponderEliminarEste texto é tão verdadeiro que sua leitura é sempre uma descoberta...daquilo que às vezes permitimos que nos mate devagar!
Beijos
Já conhecia o texto mas goto sempre que o encontro reler, reler, reler...já que sou uma das que acho que me vou deixando morrer sem mais e melhor combater...ao sentir que não sou capaz, desculpo-me com os limites, enganando-me talvez, já que dizem não existir...Vou copiar meu amigo(anjo) pata colocar de novo tb no meu Blogue...E que a vida seja vivida, com mais alegria do que eu tenho conseguido...Bjs
ResponderEliminarAfinal o texto que conhecia não era este mas sim o de Pablo Neruda "Morre lentamente"...achando que este é uma adaptação do de Neruda pelo que me foi dado comparar...Vou colocar o de Neruda, apesar de ser mais conhecido...
ResponderEliminarMorre devagar que se omite de viver com a vida.
ResponderEliminarAbraços.
José,
ResponderEliminarIntenso e, eloquente.
Sabe José?! Eu entendo que morre lentamente quem passa pela vida com um coraçãozinho sem rasura, devoluto de afecção.
Um laço "imperfeito" pelo sentimento que palpita no lado esquerdo do meu peito.
Ana
Você tem toda a razão!
ResponderEliminarPor isso digo que é um sábio!