sábado, 15 de janeiro de 2011

O "Gerador"

Uma mente débil – o induzido (no caso, o seduzido)
Uma mente perversa – o indutor (no caso, o sedutor)
Uma ignição – o despoletador (no caso, a mãe do seduzido)

A mente débil telefona à ignição dizendo que quer deixar de ser o seduzido.
A ignição liga para a mente perversa para saber o que se passa com a mente débil.
A mente perversa  assusta-se, pelo sinal de rejeição que se apresenta.

Mente perversa, o sedutor (no caso, gay), já cansado da sua 
“Solidão Povoada”, altamente passsional, ciumento, possessivo e 
violento perante uma rejeição (conforme o demonstra o final de 
relações anteriores), com uma premonição de que seria assassinado 
um dia, que gostava de morrer em Nova Yorque e as suas
cinzas espalhadas em Times Square, confronta a mente débil.

No meio de acusações e da rejeição, as descargas eléctricas sucederam-se.
Duas cargas positivadas em luta.
Uma carga perversa a dar tudo por tudo,em alta tensão, para manter o 
estatuto adquirido, passional.
A outra em regressão para a positividade, querendo fugir daquela 
carga  que o martiriza.
Mente perversa, perante a rejeição,  pensa: "Se não és para mim, 
não serás para mais ninguém".
Como os factores da sua “solidão povoada” e todos os seus desejos 
se conjugam, parte para a violência.
Violência gera violência.
Mente débil (formado em Desporto mas, de mente ainda pouco 
formada) reage à violência.
...
Mente perversa (conhecedora do dom das palavras) com 
pensamentos-abertos,  palavras e, até talvez, atos insiste com os 
seus argumentos e sua oposição à rejeição presente.
"Perdido por cem, perdido por mil"
Mente débil, como desportista usa uma regra também usada na guerra 
pois sabe que “a melhor defesa é  o ataque”, indo precisamente 
ao encontro dos pensamentos macabros da mente perversa 
disposta a se imolar em sacrifício e assim concretizar todos os seus 
desejos finais : “Se querias uma vida boa, vais ter a vida que eu quizer que tenhas. 
Eu morro em Nova Yorque, mas tu não sais também daqui”.
...
É uma teoria talvez descabida, eu sei.
Mas é o que me ocorreria fazer suceder se fosse gay,
já cansado da vida...

 ********
Carlos Castro (jornalista  - cronista social português), 65 anos foi 
assassinado num Hotel em Times Square pelo seu jovem amante, 
Renato Seabra (modelo em ascensão – desportista – formado em 
Desporto), 21 anos. 
O crime ocorreu na passada sexta-feira, dia 7 de Dezembro de 2011.
As disposições finais do jornalista concretizaram-se.
A vida em ascensão do modelo é todavia uma incógnita.

Tudo pode acontecer...

3 comentários:

  1. Tudo pode acontecer...
    E quem saberá?
    Abraços.

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  2. Nunca andei na "escola de arte dramática".
    Será que ando representando?
    Então...
    Será então uma dor natural?
    Será um vazio espacial?
    ENQUANTO DENTRO DE VC. ESSE MENINO CARENTE DE AMOR...NÃO CRESCER E SE TORNAR ADULTO...
    HAVERÁ SEMPRE RELAÇÕES PROJETIVAS DE CONTEÚDOS E FIGURAS DA INFÂNCIA...
    CONHECE-TE A TI MESMO...

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