sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

De vez em quando...

Assombram-me as reminiscências...


Esquecimento

Esse de quem eu era e que era meu,
E foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.

Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tacteio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...

E desde que era meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos!...

(Florbela Espanca)

5 comentários:

  1. José,
    Sensibilidade com o seu entendimento e, carinho.

    Um laço de agradecimento neste final de dia.

    Ana

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  2. Joe Ant!?

    Nada me assombra.

    Eu VIVO.
    Vivo do passado,vivo o presente, e...espero que meu futuro seja sempre melhor, apesar dos obstáculos.
    Você tem idéia da beleza que existe no Mar?
    Os poetas falam dos pássaros, porque desconhecem a beleza do MAR.

    Abraços!

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  3. "Ah! a doce agonia de esquecer
    :::::::::::::::::."

    Bjs

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