quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ocasos...


No poente da vida, onde muitos sóis vermelhos foram 
morrer, navegaram mil barcos no silêncio das marés, 
no fluir dos ventos que transportam sonhos sem tamanho, 
nem tempo, nem forma, que não chegam ao limiar dos 
tempos passados, sem horizontes, eu bebo de outras 
fontes, que não vinho mas sim fel, que sinto como 
mel de anseios perdidos, saudosos, medrosos, fingidos, 
escondidos, remoídos...
Tento lembrar o que tenho que esquecer, de pensar o que 
esqueci de viver, de valsas que não dancei, de rostos que 
não beijei, de amores desamorados, de todas as dores dos 
meus passados.
...
E continuarei a viver até o sol se pôr.

3 comentários:

  1. E que outro nasça além disso tudo.
    E que tudo que não foi feito, poderá ser então.
    Abraços.

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  2. BOM DIA MEU AMIGO.
    Obrigada por suas visitas ao meu blog tao enriquecedora.
    que Deus te ilumine sempre.

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  3. Manosca,
    Uma canção do tempo da "Revolução dos Cravos" (Portugal- Abril 1974):

    "Uma gaivota voava, voava,
    assas de vento,
    coração de mar.
    Como ela, somos livres,
    somos livres de voar."
    ...
    Lembrei-me disto por causa da imagem da foto de perfil.
    ...
    Não tem nada que me agradecer. Agradeço eu a gentileza.
    E digo: Bem Haja, por me obrigar a pensar e não me deixar "vegetar".

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