quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Às escondidas...

 

A Loucura e a Razão

De tanto, às escondidas, contemplá-la

Eu ando endoidecido por não tê-la

Só posso no meu íntimo revê-la

Em sonhos, pois assim, não posso amá-la

 

Se ao menos pudesse um dia vê-la,

Ou fosse feito de ar leve e levá-la,

Ou vento, suave brisa e embalá-la

Veria um sol romper na aurora bela. 

 

Que tentação! Meu mal, que não dá fruto

Nem flor, deu-me isto: versos, que alimenta

O bem que mora e anima o coração 

 

Pois que, por causa dum fatal minuto

Vemos ruir impérios. Quem nos tenta

Dar à Loucura a face da Razão?

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PS: Clique no nome do post para ver a origem deste poema.

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