Nas encruzilhadas da vida
a voz da eternidade fica mais perceptível.
Entretanto, não fica mais clara,
nem menos ambígua.
Mas fala através de todas as bocas,
de todas as coisas,
mesmo as mais quietas e discretas.
Às vezes parece caçoar da nossa angústia, quando,
em meio à agitação de uma novidade encantadora,
mostra tudo o que é possível,
sem, porém, ao menos dar pistas
do que é mais certo, do que gera menos dor.
A vertigem da eternidade
apresenta uma possibilidade descoberta
como uma fruta madura,
que chega na hora de uma fome de vida.
Mas provavelmente essa voz é apenas um eco
de um grito animal cheio de medo e desejo,
Deambulando, divagando, hibernando...
ResponderEliminarVotos de bom fim de semana.