sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Gude bai"

(Imagem retirada do Google)

Somos um País afável e de contrastes por vezes bem marcados.
Lá para o norte, onde as pessoas costumam trocar os "vês" por
os "bês" e vice-versa, terras de labuta árdua, onde quase só se
trocam os instrumentos da lavoura quando se está quase a ir 
para o "lugar dos pés juntos",  vivendo o dia a dia a sachar as 
couves, as batatas, o milho e as videiras, o Sr. Manel, ancião 
simples mas compreendedor dos tempos modernos, todos os dias
via passar os carros com os estrangeiros que o saudavam com um
"gude bai" muito efusivo.
Sempre curioso e cioso de perceber o que eles diziam, contou
à sua neta Matilde e perguntou-lhe:
- Tu que andas lá nos estudos diz-me lá o que eles querem dizer
com o acenarem muito e aquilo do "gude bai"?
- Ó avô eles estão a dizer-lhe "adeus".
- Adeus? Então isso é adeus? Mas diz-me la miúda o que é isso de
"gude"?
- "Good" é uma palavra inglesa que quer dizer "bom" ou "bem".
-Ah é isso! Acho que já percebi. Acho que amanhã já sei como 
responder-lhes.
...
Assim daí para a frente, na sua lavoura diária, sempre afável, 
quando lhe diziam "gude bai", ele, cordialmente, respondia:

"gude bai que eu gude fico"
...
Ficou escrito no destino que ele tinha compreendido tudo
muito bem.

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