como quem regressa enfermo
de uma viagem de mil anos
Conheces agora todas as cidades
todos os abismos e desertos
na arquitectura do teu desconcerto
Voltas sem nada
e do que deixaste
já nada te pertence
Nenhum espelho reconhece
o outro de ti
na indefinição de um rosto
onde a luz esmorece
como estrela que se apaga
caída na areia junto do mar
Refazes ainda
o desenho dos passos
nas marcas do desalento
porque o teu coração
de pés feridos e descalços
não pára de caminhar
(Lídia Borges)
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PS: Clique no título do poema "Regresso" para ver a origem deste post,
Gostei muito de conhecer este espaço. Considero um privilégio ter aqui as minhas simples palavrinhas, representadas.
ResponderEliminarObrigada!
PS: não é importante ser formiga, sempre. Ser cigarra, quando já se merece, é bom!
L.B.
Mas eu queria uma estrela do mar!!!
ResponderEliminarA quem posso roubar?
Gostava de ter em casa...Desejoas.
Bjs a Lidia e Joe