sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Os livros que amamos...

Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro)

Hoje é:
Dia Nacional do Livro no Brasil;
    aliado a:
1810 - Fundação da Real Biblioteca, 
     hoje Biblioteca Nacional do Brasil


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A Verdade sobre Ficção (parcial)

As melhores histórias nos oferecem algo a mais, independente das razões pelas quais as lemos. Este algo a mais é intensidade. "Que fascinante!", nós pensamos, concordando com nossas cabeças, maravilhados, enquanto viramos páginas após páginas. Ou: "Nossa! Isto é tão estimulante." Ficção pode nos fazer rir, chorar, conferir se a porta está trancada -- apesar do fato de que é "fazer de conta", e de nós sabermos disto.

É por isto que não conseguimos largar os livros que amamos. Não queremos abandoná-los por causa de seus mundos intensos, em contraposição com nossa vida diária monótona -- dirigir para o trabalho, pagar as contas ou encerar o carro.

A vida real pode ser, certamente, muito intensa (às vezes, intensa até demais), mas mesmo assim, ela costuma não ter organização, foco. Ela é ilógica, deixando dezenas, talvez centenas, de pontas soltas, através dos anos. A vida é bagunçada. Uma história bem contada, porém, tem um começo, um meio e fim definidos. Este foco faz da experiência da leitura duma história muito mais intensa.

Ainda assim, é bastante plausível escrever um história que possua todas as características acima e ainda fracassar como narrativa. Você já deve ter lido uma história assim, ou, pelo menos, começou, não agüentou, fechou e colocou-a de novo na prateleira ou a devolveu na Biblioteca. Todas as partes da história pareciam estar no lugar. Mas, mesmo assim, você, o leitor, não se importou. E sobre a ficção que nos importa?

A resposta é simples: personagens.

(http://blogdoescritor.oficinaeditora.com/2007/04/escrevendo-fico-com-gotham-writers.html )


Biblioteca Nacional (Lisboa) (vulgo, Torre do Tombo)

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