A recordação...
Adormecida, mas não morta.
Nem esquecida...
Apenas em "cura de sono", à espera de ser desperta.
Passam-se os dias, os meses, os anos, de quando em
quando recordando, sem pena nem piedade.
Não faço caridadezinha comigo próprio.
Apenas contraponto!
Uma oposição suave às reminiscências do passado
(ou passados, porque e gente vive e revive muitas vezes).
Por vezes passo para o papel tudo aquilo que quero esquecer.
Deito o papel na fornalha para virar cinza.
Mas o fogo que o faz arder, é muito mais fogo em mim,
eu dou por mim com lembranças mais quentes,
mais próximas, mais próprias,
que não há nada que as faça apagar.
Viraram lava de vulcão à espera de sair
pela primeira chaminé que encontrem,
ardente, vaporosa, sulfurosa, cáustica e atormentadora.
E assim, causticadas e tormentosas,
as minhas recordações
ficam novamente à espera
que o magma que existe em mim
aqueça
ao ponto de explosão,
sem notícia prévia ou previsão.
Uma vez mais o "meu" Vesúvio irá engolir Pompeia.
Assim, sempre e mais, uma nova epopeia.
Joe Ant!
ResponderEliminarEsse belo texto me fez lembrar uma marchinha de carnaval chamada: RECORDAR É VIVER
(Aldacir Louro A. Marins e Macedo)
Recordar é viver,
Eu ontem sonhei com você,
Recordar é viver,
Eu ontem sonhei com você.
Eu sonhei,
Meu grande amor,
Que você foi embora,
E logo depois voltou.
Recordar
Recordar é viver,
Eu ontem sonhei com você,
Recordar é viver,
Eu ontem sonhei com você.
Eu sonhei,
Meu grande amor,
Que você foi embora,
E logo depois voltou.
Um abraço.