quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sempre... "Até amanhã"




Amanhã é sempre longe de mais

Pela janela mal fechada
Entra já a luz do dia
Morre a sombra desejada
Numa esperança fugidia

Foi uma noite sem sono
Entre saliva e suor
Com um travo de abandono
E gosto a outro sabor

Dizes-me até amanhã
Que tem de ser que te vais
Só que amanhã sabes bem
É sempre longe demais
Acendo mais um cigarro
Invento mil ideais
Só que amanhã sei-o bem
É sempre longe demais

Pela janela mal fechada
Chega a hora do cansaço
Vai-se o tempo desfiando
Em anéis de fumo baço

2 comentários:

  1. Você tem toda razão.
    Amanhã é sempre muito longe.
    O amanhã pode durar uma eternidade ou um segundo para não acontecer mais.
    Mas...Depende de cada um, definir o que é mais importante fazer hoje.
    Eu penso, que o amanhã, não existe, "mais", mas, se existir, "sem eu" ou "você", ele ( o amanhã) vai sempre reviver as lembranças, as imagens, as palavras, os atos... de quem, um dia, nos deu de presente, essa dádiva, que é a História.
    Não sei se me faço entender.


    Mais uma coisa!
    A minha rosa deitada, é um presente de paz.
    Leve-a quem quiser...

    Um grande abraço.

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