segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Perdido... pelos caminhos da vida!





Podem parecer sinônimos.
Idéia igual, mas diferente no sentir.
Lembrança é da memória, saudade é da alma.
Muitas lembranças, poucas saudades.
Lembranças surgem com um cheiro,
uma música, uma palavra.
Saudade surge sozinha,
emerge do fundo do peito
onde é guardada com carinho.
Lembrança pode ser boa, mas quando não é,
pode-se afastá-la com outra lembrança
ou convocar outro pensamento para o lugar,
ligando a TV ou lendo o jornal.
Saudade é sempre boa, mesmo quando dói,
e não se apaga, mesmo que outra pessoa
tente ocupar o lugar vazio.
Ela pode coexistir com um novo amor,
sem machucá-lo.
Lembrança é de algo real, de um lugar,
uma época, uma pessoa.
Saudade pode ser do que não houve, de uma
possibilidade, de lábios jamais tocados.
Lembrança pode ser contada, medida,
localizada, e com algum esforço,
pode até ser calculada com uma fórmula
matemática, ao gosto dos engenheiros.
Saudade é dos poetas,
é pautada em rimas e melodias;
de ver outra pessoa, segundo
os poetas, teria outro nome, seria uma
saudade com tempero, eu acho.
Lembrança pode ser sem som, pode não doer.
Saudade jamais é sem som.
Se ela não vier com música de fundo,
a gente coloca, só para ficar mais bonita,
mais gostosa de sentir,
para preencher mais a alma vazia.
Lembrança vence a morte,
mas conforma-se com a ausência,
respeita convenções.
Saudade ignora a morte, vence distâncias,
barreiras e preconceitos.
Lembrança aceita nosso comando,
vai e volta quando queremos.
Saudade é irreverente,
independente e auto suficiente.
Gosto mais da saudade!
E você?


(desconheço autoria).

3 comentários:

  1. Linda imagem. Texto bem escolhido...sobre saudade não sei bem me pronunciar.

    Para si votos de boa semana.

    Bjs

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  2. Olá Joe Ant!
    Fico feliz que tenha gostado dos trabalhos dos nossos alunos.
    Fique a vontade para utilizar as fotos que quiser.
    Um abraço.
    À propósito, eu sou muito saudosista.
    Abraço!

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  3. Não acho que saudade e lembranças sejam sinônimos não, se bem que é sempre difícil perceber a tênue linha que os separa.
    Lindo poema meu querido amigo!
    Um beijo

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