quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Africanidade...




Escrevo na pele em yorubá a dúpé - eu direi - África. E a África fica em tudo. Nas veias circula sangue em rios de africanidades. Ê Zumbi! Tambores em ritos e gritos de gentes e bichos das matas. Sonoridades d'África. Orixás, sincretismo em congás. Benzedeira rezando quebranto e guiné prá quebrar a mandinga. Púrpura. Uma figa de cedro e guiné prá abolir os seus medos e abrir seus caminhos. Alforria! Sorria com os marfins e Gnus em nações. Ao redor desta terra um Brasil com raizes e mãos africanas em tudo. Angola. Ah! Luanda é tão linda de se ver. Melanina é força a proteger a pele que brilha por si. Negritude. Tudo repercute em sons e alegria. Sorriso e dança com um remelexo que encaixa os corpos suados. Jambo e malemolência ritima a kizomba. Ginga é Jogar capoeira e gritar liberdade. Coragem de lutar. Oiço vozes e raízes da ancestralidade. Dendê é esse cheiro com fogo na língua. Quente é um acarajé. Negra face e um sorriso perfeito. Aff! Como é bela essa moça que dança com trança. Pixaim é o cabelo. Moçambique, alambique tem cheiro e sabor que arde da cana, na cama. Ruanda, muamba é só uma rima. E na panela de barro a galinha d'angola é à cabidela e põe a ferver. Há mais, muito mais, forte e quente nesse tudo que é um pouco do muito que da África fica, aqui.
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Clique no nome do post  "África, escrevendo na pele" para saber a  origem do mesmo.
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Para o meu amigo Guará Matos
por me mostrar um caminho para uma boa descoberta

5 comentários:

  1. Amigo, que maravilha!
    Que figura espetacular é você. Você veio a somar aos tanto outros amigos portugueses que conquistei pela Internet.
    Abraços.

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  2. Olá, Joe.
    A Dúpé, amigo. Você é gentil e agregador. África é mãe e nestes braços ficamos e com eles aprendemos a lutar de cabeça erguida. Com imenso carinho e admiração, novamente direi, a dúpé, Joe.

    Sueli Maia
    (Mai)

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  3. Foram muitos dias, muitas noites, muitos anos
    (mais de vinte) convivendo, lutando, trabalhando
    em quase toda a Àfrica Ocidental.
    Com tanta "africanidade" no corpo (tal qual um vírus)
    ainda não tive possibilidade de conhecer o Brasil.

    Mas estou criando esteios para que isso suceda.

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  4. E você virá, pode ter certeza.
    Abraços.

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  5. Mai,

    Mo dúpé, também para você.
    A minha gratidão vem na razão do seu carinho e
    compreensão e, cada dia, muita admiração.

    O meu "Bem Haja" do fundo do meu coração.

    Bendigo esta agregação, que me torna muito mais
    sensível, apesar de muitas contingências da vida e
    de muitas imcompreensões. Acho que a maioria não sabe o significado da palav ra sensibilidade e compreensão.

    Mo dúpé - Louvemos os Orixás.

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