sábado, 12 de dezembro de 2009

Para quê ...


Epígrafe

"Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa..."

Eugénio de Castro, Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Porto, Campo das Letras, de Eugénio de Andrade

3 comentários:

  1. Não conheço a obra de Eugénio de Castro, mas gostei muito do que li.

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  2. Boa escolha, Joe e um abraço com votos de bom fim de semana...a parte que falta.

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  3. Apena viver, ser feliz e trazer a felicidade paras pessoas. Uma fórmula fácil, né!
    Mas o "bicho" homem só sabe complcar.

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