segunda-feira, 18 de julho de 2011

Erros nossos, boa fortuna e ainda amor ardente...


Não quero um amor que arda sem se ver
Em mim há uma floresta que conservo,
Uma árvore, uma flor em cada nervo.
Recuso que esse amor me faça arder,

Pois sinto loucas ânsias de crescer
Se é fogo, então que o amor me seja água,
Para que torne extinta ardente mágoa,
Que por dentro me destrói e faz sofrer.

Se amor for confundido com loucura,
Trazendo o fogo que arde cego e louco
Então quero que inventem outro amor,

Pois que não quero mais que essa ternura
Viver dias que sabem sempre a pouco,
Que me dão gozo e nunca me dão dor.

( António Codeço )
PS: Clique no título "Desculpa, Camões" para ver a origem do soneto.


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1 comentário:

  1. Pois eu não me atreveria contradizer um dos maiores escritores da História.
    Amor é sim fogo que arde sem se ver, ferida que doí e não se sente...
    Grande Camões.

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