E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.
Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim.
Rosa Lobato Faria
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Aconchego - Elba Ramalho – (Legendado)
Com versos diferentes, canção e poesia exibem o mesmo tema, ambas com a mesma sensibilidade de retirarem do cotidiano a beleza e o prazer de viver.
ResponderEliminarAbraços!
P.S.: A canção, é de autoria de Dominguinhos.