(Imagem feita com: http://www.klowdz.com/draw ) |
Cais
A sós,
no cais, olhando o barco em que partia,
não era de ti que me despedia,
mas de mim, que nessa hora
sem acenos me fui embora.
não era de ti que me despedia,
mas de mim, que nessa hora
sem acenos me fui embora.
Descobridor
de mares que nem sequer sabia
que nome tinham, se era noite ou dia,
por longo tempo naveguei
até que, por fim, voltei.
que nome tinham, se era noite ou dia,
por longo tempo naveguei
até que, por fim, voltei.
Mas do
cais da largada não restava já
lembrança alguma e muito menos há
muralha onde acostar.
E, sendo tudo em volta mar e mar,
não me resta senão continuar.
lembrança alguma e muito menos há
muralha onde acostar.
E, sendo tudo em volta mar e mar,
não me resta senão continuar.
Um maravilhoso poema do Torquato, que tive o prazer e a honra de ter recitado esta manhã, na Rádio Alfa de Paris! Torquato, um tanto adoentado, ainda vive em Lisboa, essa nossa querida cidade, que eu, talvez, nunca devia ter deichado!
ResponderEliminarEndereço os meus votos de melhoras para o Torquato.
ResponderEliminarNão lamente ter deixado Lisboa. Cá ou lá, não deixou de ser português. E as voltas do mundo,
todos esses "cais" de partidas e chegadas, deixaram marcas de uma vida preenchida e, sobretudo, vivida com o coração.
Bem Haja. Votos de FESTAS FELIZES e BOM ANO.