(Imagem: Derek Lea) |
AGORA ESCREVO (excerto)
[...]
E o amor,
Não o que destrói, o que não é amor,
Não a fúria dos corpos quando trocam
Desespero por desespero,
Não a suprema tristeza de existir,
A obscena arte de viver,
A ciência de não dar e receber,
Mas o amor que se traduz
Pela bondade, a confiança,
A pureza, a fraternidade,
A força de viver, de triunfar da morte,
De triunfar da sorte,
A vertigem de conhecer
Necessidade e liberdade!
[...]
ALEXANDRE O'NEILL, in NO REINO DA DINAMARCA (1958), in POESIAS COMPLETAS 1951/1986 (INCM, 3ª ed. , 1995)
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