sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Foi meu "assobio"....Imagem de marca !!!
"Pão por Deus"
Sinais da Crise
De manhã bem cedo, no dia de Todos os Santos, as crianças saem pelas ruas em busca do ‘pão por Deus’. Esta tradição, que tem estado um pouco esquecida, não morreu ainda, embora possa estar ritmada mais pela configuração do americanizado ‘dia das bruxas’ do que pela simbologia correcta do cristianismo.- Ó tia, não nos dá o ‘pão por Deus’?
- Para quem é isso, então?
- Não se recorda que hoje é o dia do ‘pão por Deus. Hoje é dia de ‘Todos os Santos’?
- Mas vocês andam com uns sacos diferentes, que não percebi para quem era que andam a pedir?
- Não tenha medo: isto é da Igreja. Não vê este símbolo?
- Com tanta malandragem que por aí vemos todo o cuidado é pouco... mesmo que vocês pareçam ser bons meninos e meninas e de famílias conhecidas... Nunca se sabe!
Viver ... e ... Sobreviver !!!
Viver é apenas sobreviver por etapas, sentenciara o padre Angústias num dos nossos últimos encontros. Ao longo da minha vida tenho sido surpreendido pela lembrança das suas frases concisas e pela imagem do seu rosto severo de padre, professor e vigário da minha paróquia, versado em filosofia e lugares-comuns. Apesar da sua presença na minha juventude, nunca fui um homem religioso, pelo menos no sentido dado pela Igreja, nem tenho particular interesse pelos seus dogmas nem pelas suas causas. Vi-o sempre como um mestre e não como um sacerdote. As suas palavras eram fonte de ensinamentos e descoberta de vida. O padre ocupava na minha vida o lugar de um pai ausente.
Não sei explicar porque me ocorreu tudo isto agora, enquanto me dirijo para a Repartição a assobiar o bolero Aquellos Ojos Verdes, que ouvi tocar num baile, em Cacilhas, abrilhantado por uma banda de cinco músicos de olhar fantasma e expressão boémia. Talvez se deva aos avanços e recuos da minha vida, procurando sobreviver como um náufrago que nada apenas com um braço. O mais provável é que me lembre do padre Angústias como de um pai austero, mas presente e amigo de conversar. Tenho na ideia que ele e a minha mãe se conheceram bem melhor do que me quiseram fazer acreditar. Eram da mesma aldeia e de idade próxima. Mas isso agora não vem ao caso.
...
Sobrevivência ... (chapa ganha, chapa gasta)
A hipocrisia, mais do que uma opção, é uma inevitabilidade.
Não somos hipócritas com os próximos porque escolhemos sê-lo, mas porque as regras da vida societária assim o impõem e a sinceridade, nos dias que correm, é um luxo a que nem todos devem ter acesso.
Uma meia palavra em vez de uma frase inteira poupa-nos inquietudes futuras, desconfortos desnecessários, danos colaterais evitáveis.
A falta de hipocrisia pode ser uma virtude, mas no cômputo geral, possuí-la pode revelar-se milagrosa e facilitar o caminho.
Chuva... chuva.. chuvinha !!!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Plantai .... para uma boa colheita !!!
Plantaremos estes arbustos
que darão flor apenas
daqui a três anos.
Plantaremos estas árvores
que darão fruto um dia,
mas só depois de dez anos.
Não plantaremos jardins de amor,
porque imediatamente
abrem tristeza e saudade.
Não plantaremos lembranças
porque estão desde já e para sempre
carregadas de lágrimas.
~ Cecília Meireles ~
Fez-se “Luz” em minha mente !!!

Estava eu metida com os meus botões, no supermercado, enquanto procurava um frasco de Nutella, encomendado pelo meu filho, quando ouço uma voz que dizia: "Já viste?! Agora só vendem porcarias! Queria levar um frasco de mel de abelhas e não há. Só têm aqui frascos de mel de rosmaninho!".
Virei-me assim meio disfarçadamente para ver qual era a fonte de tal pérola, quando ouvi a resposta do marido ou namorado que dizia: "Então, se calhar mel feito de flores também é bom. Não sabes porque nunca experimentaste!".
Aqui já tive que me ir embora para não desatar a rir. Aquilo é que deve ser um par talhado no céu...Bem dizia a minha avó, "Quando se fez uma panela, fez-se logo o testo (tampa) para ela". E é bem verdade, para se estragarem duas casas, olha, estraga-se só uma!
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Créditos sejam dados ao blogue “Da Planície” pelo texto acima.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Sempre pôs o meu coração a "compasso"
Música do Bee Gees ajuda a salvar vidas
Um dos maiores sucessos do grupo Bee Gees, "Stayin' Alive", música tema do filme "Os Embalos de Sábado à Noite", (em Portugal “Febre de Sábado à Noite) pode ajudar a salvar vidas, informou a rede britânica BBC.
De acordo com um estudo feito pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, a música auxilia os médicos na realização da ressuscitação cardiopulmonar (CPR), utilizada em pacientes com paradas cardiorespiratórias.
Parece estranho, mas não é. O número de batidas por minuto é essencial para a boa realização do procedimento. A canção do grupo britânico tem 103 batidas por minuto, e os médicos recomendam que CPR seja realizado com um ritmo de 100 batidas por minuto.
sábado, 18 de outubro de 2008
Estados de espírito

Afectos possessivos
Passa o tempo devagarnaquele relógio que aparafusei na cabeça
e nada sei ainda!
Então pergunto sem cessar
Se estou certa...
Se este medo tem alguma razão de ser...
Se estas lágrimas ainda fazem algum sentido.
Depois lembro-me dos sorrisos
que já galoparam em cima dos ponteiros
quando os sonhos tinham o aroma dos nossos passo
se não encontro motivos
para que a areia hoje esteja assim tão salgada.
Já nem vejo o mar à minha frente
porque agora os meus olhos
preferem a melancolia de um rio
para pintarem tranquilamente o seu pranto...
Então, porque sabem a sal os meus dedos?
Estou enjoada...
E sempre que os meto à boca,
apetece-me vomitar com esta caneta seca
todas as palavras salgadas
que me dão a volta ao estômago,
porque este silêncio amargo e doce dá-me vómitos.
(Daniela Pereira)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Mesmo contra ventos e marés

O segundo efeito, entretanto, poderia ser excelente, pois um mundo sem amigos seria sentido como intolerável, e nós teríamos de aprender a gostar uns dos outros sem a necessidade de um véu de ilusão para esconder de nós mesmos que não nos consideramos uns aos outros pessoas absolutamente perfeitas.
Sabemos que os nossos amigos têm as suas falhas, e que apesar disso são pessoas de um modo geral aprazíveis das quais gostamos. Consideramos intolerável, no entanto, que tenham a mesma atitude conosco.
Esperamos que pensem que, ao contrário do resto da humanidade, nós não temos falhas. Quando somos compelidos a reconhecer que temos falhas, tomamos esse facto óbvio com demasiada seriedade.
(Bertrand Russell)
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Apesar da crise...

Dia 17 de Outubro é o Dia Mundial para a erradicação da pobreza e, à semelhança do ano passado, espera-se que volte a ser um grande momento de mobilização a nível nacional e internacional.
Em 2007, mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa. Este ano precisamos da tua ajuda para bater um novo recorde e a enviar uma mensagem ainda mais forte para os nossos governantes.
Estamos a meio caminho de 2015, ano que marcará o final do período para alcançar os Objectivos do Milénio. É urgente “Levantarmo-nos e Actuarmos”, para que os governos honrem os seus compromissos. Tal só acontecerá se tomarmos uma posição clara.
Continuar a ler...Relaxando ... e divagando

Não confundir...
" Não confundir amizade (ou amor) com «interesse». É uma máxima canónica. Pois. Mas que amizade (ou amor) não assenta no interesse dela?Porque é o interesse que cria condições não apenas para o interesseirismo mas para a própria amizade. Só nos interessa a amizade de quem nos interessa...
Os meus hábitos de vida exigem para as relações que entre de algum modo nesses hábitos. Nem tem sentido gostar-se de alguém por si mesmo. O «si» mesmo é todo o espaço em que se manifesta.
O meu único espaço habitável para os outros é o que lhes invento em alguns livros. No resto vivo só eu.
(Vergílio Ferreira)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Para um coração triste...

não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Está fechado ... mas

O corredor das portas
Há portas onde uns poucos entram.
Há portas que nunca nos lembramos de fechar, para o hall onde se cruzam com pessoas de quem não se lembram o nome.
Há portas que uma ou outras pessoas abrem como se fosse a sua casa.
No nosso corredor vão habitando ou visitando os quartos cuja porta lhes deixarmos aberta.
Há aquela porta que, ao abrir-se, já se sabe quem lá está, onde todos se sentam e falam confortavelmente por horas a fio.
Portas há muitas, umas fechadas, outras com chave, outras para quartos vazios.
Diversidade ... De fio a pavio.
Mendigo de mim mesmo.
Queria coser, os meus buracos, rotos, todos,
Os que tinha no meu corpo,
Mas nem toda a linha do mundo foi suficiente,
Desenrolei, desenrolei, perdi o fio à meada,
Forcei-o contra mim, e desatei a coser-me,
Mas foi ‘cose de um lado, descose do outro’
Remendos temporários,
Que não impediam de me esvaziar em dor;
Ai, e como dói ser, imperfeito;
Mal feito;
Nem feito sequer,
Como mói, ver-me ao contrário,
Sem fio para me emendar.
Serei sempre o buraco, roto, sem fundo,
Tal como me conformei ser.
Pedro Azevedo (23/09/07)
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Atenção! Abriu a caça.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
" O que diz Molero"

Óbito: Morreu hoje em Lisboa o escritor Dinis Machado
03 de Outubro de 2008, 17:48
Lisboa, 03 Out (Lusa) - O escritor Dinis Machado morreu hoje em Lisboa, aos 78 anos, disseram à agência Lusa as editoras Bertrand e Assírio & Alvim.
O corpo do escritor estará ainda hoje em câmara ardente na capela mortuária da Igreja de Santa Catarina, em Lisboa, indicou fonte da Assírio & Alvim.
Nascido a 21 de Março de 1930, em Lisboa, Dinis Machado foi jornalista desportivo, crítico de cinema e dedicou-se também à banda desenhada.
O seu maior êxito como escritor foi o romance "O Que Diz Molero", editado em 1977 e reeditado em 2007, no dia do seu 77.º aniversário, e já adaptado ao teatro.
Sob o pseudónimo Dennis McShade, escreveu alguns policiais, que estão agora a ser reeditados pela Assírio & Alvim.
ANC/SS.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sempre que for Outono, eu estarei lá,
Nas velhas folhas mortas e douradas,
No murmúrio das árvores cansadas,
No sol a despedir-se: - Eu volto já!
Há lágrimas no céu, de vez em quando,
E o vento vai gemendo de mansinho...
É o Tempo a preparar o seu caminho
Ao Natal que se vai aproximando.
São crianças as tardes e manhãs.
As noites, a crescer, são como irmãs
No eterno labutar da nossa vida...
Em cada novo Outono, eu lá estarei
Cantando esse Natal que preparei
Cada vez que entro no blogue de sonetos da Maria João
Brito de Sousa encontro verdadeiras “pérolas”
que me deixam cheio de “inveja”.
*** Clique no título “EM CADA NOVO OUTONO...”
para ver a origem de tão lindo soneto.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Dia de...
Dia Internacional da Terceira Idade (ou ... do Idoso)
Dia Mundial da Música.