
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
Coisas.... e Causas... de todos nós !!!

Todos nós, que somos Portugal, necessitamos urgentemente de Causas que nos motivem e nos mobilizem.
Essas Causas têm que corresponder a carências gritantes, os nossos grandes anseios, que deverão ser assumidas por todos, como sendo indeclináveis e acima de qualquer interesse partidário, pois da sua resolução, ou não, depende o futuro de Portugal!
A recente crise financeira global, com os seus inevitáveis impactos negativos económicos, laborais, sociais, culturais e ambientais, também em Portugal, com particular incidência para os mais fracos, só coloca mais ênfase e urgência na correcta definição dos desafios que enfrentamos e que cerceiam o nosso desenvolvimento. Só assim nos poderemos empenhar determinadamente na sua resolução.
Esses desafios conhecidos de todos (e de há longa data), carecem de resolução urgente e, por isso mesmo, devem ser transformados em Causas Nacionais por parte de todos nós.
Os empecilhos que nos bloqueiam, empobrecem e deprimem são:
• o elevado nível da pobreza e exclusão social,
• o deficiente funcionamento da educação, da justiça e da saúde,
• os baixos níveis de produtividade,
• a deficiente responsabilidade social de muitos dos nossos empresários,
• a falta de transparência na gestão da Res Publica,
• o grave e paralisante conluio entre governação/futebol/construção,
• a nossa fraca afirmação externa (devida, entre outros factores, a uma insuficiência crónica de meios, vontades e à incorrecta valorização das nossas comunidades emigrantes),
• a nossa falta de brio e de orgulho nacional.
Não podemos continuar a ignorar essas questões por meros tacticismos e oportunismos eleitorais partidários de curto prazo, fazendo a política da avestruz, hipotecando assim a sua resolução.
Nós, portugueses já não o toleramos mais. Há que o gritar!
Façamos do seu combate e, se possível da sua erradicação, verdadeiras Causas Nacionais. Elejamos Causas Nacionais que nos empolguem, nos motivem e voltaremos a ter orgulho em ser quem somos: um dos raros povos, 12 a 15, da História da Humanidade, que marcou indelevelmente a sua caminhada, quando guiado pela visão, estratégia e vontade ímpares do nosso Rei D. João II.
Acabemos pois com essas questões que nos envergonham!
Penso que tudo o que hoje nos entristece, deprime e humilha é rapidamente ultrapassável se assim o quisermos e decidirmos como colectivo formidável que somos. Tenhamos nós vontade de o fazer.
Não existe nenhum atavismo lusitano que nos condene irremediavelmente.
Esse combate pode e deve ser ganho por um povo, o nosso, que definitivamente não é pequeno! Mas tal só será possível se as três componentes do nosso Estado (as forças políticas, os agentes empresariais, a sociedade civil organizada e todos os cidadãos) se mobilizarem e empenharem. É por isso que precisamos de CAUSAS NACIONAIS.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Em hibernação (faseada)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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10/12/2008 RÂGUEBI
Internacional jovem pela Inglaterra
Daniel James ficou tetraplégico e foi "autorizado" a suicidar-se
A decisão foi tão rara como o próprio caso. A procuradoria inglesa decidiu, esta semana, não penalizar a família de Daniel James, que se suicidou a 12 de Setembro numa clínica suíça da Dignitas, uma organização que auxilia a eutanásia de doentes em estado terminal.
James, que tinha 23 anos, não estava a morrer. Tinha ficado tetraplégico em Março de 2007, quando deslocou as vértebras C6/C7 num treino do seu clube de râguebi, o Nuneaton. Internacional jovem pela Inglaterra, nunca conseguiu viver com a paralisia e já havia tentado suicidar-se três vezes, sem êxito devido à sua deficiência, até que a sua família decidiu levá-lo à Suíça, onde a eutanásia não é considerada crime.
"É um caso trágico, envolvendo a morte de um jovem em circunstâncias únicas e difíceis. Sublinho o facto de o Daniel não ter sido influenciado pelos pais a tirar a própria vida, pois as evidências demonstram que até lhe imploraram para não o fazer", declarou o procurador Keir Starmer, que encerrou o processo contra a família James, por ter transportado Daniel para a Suíça.
A lei britânica proibe a assistência ao suicídio e prevê sentenças até 14 anos de prisão, mas nunca existiram penas nos mais de cem casos de ingleses que morreram nas clínicas da Dignitas. Este parecia ser diferente, mas a dor da família foi entendida.
"Ele não caminhava, não tinha as mãos funcionais, sentia constantes dores nos dedos, era incontinente, tinha espamos incontroláveis nas pernas e precisava de assistência 24 horas por dia. Dizia que não estava preparado para uma vida de segunda categoria", explicou várias vezes Julie James, mãe de Daniel. Após várias operações e oito meses de reabilitação, as suas melhorias eram escassas. "Ninguém podia amar mais um filho do que nós. Se ele conseguisse viver assim, continuaríamos a tratá-lo com o mesmo amor. Mas ele era determinado e queria libertar-se da prisão em que se tinha transformado o seu corpo", completou Julie, que se despediu do filho acompanhada do marido, Mark, e das duas filhas.
Fonte: O Jogo
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Será que vai ser sempre assim?
Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
TUA...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Nunca mudarei

Ele vira-se a mim e desafia-me, audaz.
E eu audaz faço-lhe frente e mostro-lhe que não o temo, e às suas agruras.
Ele recua, teme quem lhe ousa fazer frente, quem lhe oferece resistência.
Recupera da surpresa e contra-ataca.
E eu audaz, sem receios do que já vi e experimentei tantas vezes antes, olho-o nos olhos.
Apenas isso e ele pára. Desvia o olhar e disfarça com uma música que até sabe que eu aprecio.
Mas não vinda dele, que dele é falsa, enganadora.
E eu assumo a liderança, de novo e uma vez mais sou eu quem decide e avanço.
Ele olha-me de soslaio e desvia-se para me dar passagem.
"Por esta", pensa, "até à próxima".
E eu deito-lhe um sorriso de quem sabe que haverá outra e mais outra e tantas mais.
Mas a que nunca voltarei costas.
E ele sabe-o, eu sei-o.
Será sempre, e para sempre, assim, até que um de nós baixe a guarda em definitivo.
Até que ele mude, regresse ao que foram as suas origens, regresse ao que pelo caminho perdeu.
Ou até que a morte nos separe, pois que eu nunca mudarei.
domingo, 30 de novembro de 2008
Falar por falar...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Convosco...!!! Contigo...!!!
Que a nossa amizade nunca seja como o Sol, que apesar de brilhante,
Que nunca seja como a Lua, que vive a mudar de fases.
Mas, que seja como o Mar, que para além de lindo, é infinito!!!
Só ... POESIA !!!
Primeira livraria só de poesia nasce no Bairro Alto
lisboa - Hoje às 12:54
Nasceu em Lisboa, esta segunda-feira, a primeira livraria dedicada em exclusivo à poesia. A “Poesia incompleta” propõe-se vender livros novos, raros e esgotados de centenas de poetas em mais de 20 línguas.
Mário Guerra, o proprietário da nova livraria, que também se assume como empregado, leitor e «senhora da limpeza», explicou à TSF que a ideia de abrir um estabelecimento de venda exclusiva de poesia surgiu de uma «vontade de reunir no mesmo espaço a mais alta produção poética literária portuguesa e estrangeira».
Questionado sobre se se sente “louco” por apostar num espaço só de poesia, Mário Guerra ironizou que se fosse «maluco, teria ido trabalhar para o BPN», banco onde recentemente foram detectadas várias irregularidades.
O proprietário da “Poesia incompleta” esclareceu que decidiu avançar com o projecto de uma «forma o mais despretensiosa possível», mas também com ambição, já que a livraria «tem de se sustentar a si própria».
Mário Guerra defendeu ainda a lógica do seu projecto, lembrando a «quantidade de poesia» que existe em Portugal. «Se o hábito das pessoas passar por esta livraria, eu tenho o futuro dos meus bisnetos assegurado», acrescentou.
Há que cuidar de quem nos estende a mão ...
AMIZADE
Mais que uma mão estendida
mais que um belo sorriso
mais do que a alegria de dividir
mais do que sonhar os mesmos sonhos
ou doer as mesmas dores
muito mais do que o silêncio que fala
ou da voz que cala, para ouvir
é, a amizade, o alimento
que nos sacia a alma
e nos é ofertado por alguém
que crê em nós.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Desambiguante ...
Ambiguidades de café …
Ambiguidades tardiasComo pedaços de chuva grossa, num fim de tarde de Verão,
Afastam o estio nauseante, da pele
Fustigada num sonho de Outono, em memórias furtivas…
Caminhantes estranhos de mundos estranhos, ausentes de si
Estranham-se e entranham-se nessa pele…
Ambiguidades de café…
Diáfanas mãos entrançadas… gestos e olhares cruzados numa chávena quente
Que pretende afastar… O Verão?
Esse sol tardio que teima em queimar
Em raios radioactivos de sangue, nas velas dos mortos citadinos de olhar cheio,
De um nada rico e vivo...
Ambiguidades de mãos cheias, de mãos dadas, em ruas transversas…
Ambiguidades seculares
Genetizadas na memória colectiva de um tempo sem paralelo…
– Queres mais um café? Perguntas-me com o ar de quem mais não tem para dizer…
Levanto-me e saio sem responder, para a chuva quente de Verão, e
Banho-me com prazer saudoso…
Ambiguidades nos nossos nomes, anónimos
Ao mundo que nos pariu...
Ambiguidades de sermos alheios e vazios do redor de nós…
Ambíguos…
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Para o "Herói"
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Um ano...


terça-feira, 18 de novembro de 2008
Pensar cultura ...
Lisboa, 18 Nov (Lusa) - Livros raros, antigos ou esgotados, pinturas, músicas, manuscritos e mapas: o projeto Europeana que a Comissão Europeia lançará na próxima quinta-feira pretende tornar acessível num portal apenas o património das bibliotecas nacionais da Europa.
Esta é a ideia do portal multilingue www.europeana.eu, que pretende armazenar não apenas livros, mas também outras obras digitalizadas que pertencem a centros e instituições culturais europeias.
"Agora que completámos o puzzle e juntámos todas as peças, estamos perto de lançar ao mundo um novo desafio: inspirar novo pensamento e levar as pessoas a trocar ideias", lê-se no portal da Europeana, onde estará escrito nas línguas da União Europeia o lema da biblioteca digital: "Pensar Cultura".
"A Europeana representa uma aliança inédita entre as novas tecnologias e o mundo da cultura. Estou convencida de que modificará de maneira profunda a forma como cada um terá acesso a partir de agora ao património cultural europeu", afirmou a comissária europeia da Sociedade de Informação e Media, Viviane Reding.
Como primeira fase do projecto, dois milhões de obras de arte estarão acessíveis na Europeana a partir de quinta-feira e o objectivo é incorporar mais oito milhões até 2010.
Entre os primeiros conteúdos estarão clássicos literários como "A Divina Comédia" de Dante e documentos históricos como a Magna Carta britânica, pinturas, gravações e manuscritos de compositores célebres como Beethoven e Mozart.
A criação da Europeana foi o objectivo-chave da iniciativa de digitalização de bibliotecas adoptada pela Comissão Europeia em 2005 com a intenção de abrir ao grande público o património cultural e científico dos 27 membros da UE.
CMJ.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
Olha !!! "Quem quer vê-los" !!!

Eis acima onde eles "gastam" o nosso dinheirinho
*****
de migalhães vendilhãode caixeiro viajante
de pavor na educação
de consumado tratante
de ricaço ganha pão
de saúde perturbante
de discurso maganão
de boleia do tunante
de economia no chão
de forças periclitante
de não ser sim nem ser não
de ser a posta restante
assim vai esta nação
em socrático levante
fora de pé e de mão
pelo inferno de Dante
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Descoloridamente !!!

A cor dos nossos versos
Fui pela madrugada, sorrateiro,
Para ler teus poemas coloridos
Que os meus andam cinzentos, escondidos,
Sob a tristeza que há no meu tinteiro.
Rascunho guardanapos dia inteiro
Mas nada impressiona os meus sentidos
E os meus versos insonsos, descabidos
Vão engrossar o rol do meu lixeiro.
Ó musa por que ruas é que andaste?
O que fizeste à cor do meu contraste,
Que coloria os versos que fazia?
Onde guardaste a cor que em mim jorrava
E que prodigamente despejava
Sobre os versos de amor que te escrevia?
Felisteu
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
TITANIC - Nova versão (rápida) >>> para poupar custos
Original em:
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Sonhos ... afundados !!!

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
-Cecília Meireles-
MARTINHO - O santo do Inverno que traz o Verão !!!

São Martinho – 11 de Novembro (Provérbios)
· As geadas de São Martinho levam a carne e o vinho.
· O Verão de S. Martinho, a vareja de S. Simão e a cheia de Santos, são três coisas que nunca faltam nem faltarão.
· Pelo São Martinho, abatoca o pipinho.
· Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.
· Pelo São Martinho, bebe o bom vinho e deixa a água para o moinho.
· Pelo São Martinho, deixa a água para o moinho.
· Pelo S. Martinho, deixa a água p'ró vinho.
· Pelo São Martinho, larga o soitinho.
· Pelo São Martinho, lume, castanhas e vinho.
· Pelo S. Martinho, mata o porco, chega-te ao lume, assa castanhas e bebe o teu vinho.
· Pelo São Martinho, mata o porquinho, prova o teu vinho e não te esqueças do teu vizinho.
· Pelo São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
· Pelo São Martinho, mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
· Pelo São Martinho, nem nado, nem no cabacinho.
· Pelo São Martinho, prova o teu vinho.
· Pelo São Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já te não faz dano.
· Pelo São Martinho, prova o teu vinho, larga o soito e mata o porquinho.
· Pelo São Martinho semeia o teu cebolinho, que o meu já está nascidinho.
· Pelo São Martinho, semeia a fava e o linho.
· Por São Martinho, barra-se o vinho.
· Por São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
· Por São Martinho, nem favas nem vinho.
· Por São Martinho, prova o teu vinho.
· Por São Martinho, semeia fava e linho.
· Por São Martinho, semeia o teu linho.
· Por São Martinho, todo o mosto é bom vinho.
· Queres pasmar o teu vizinho? Lavra e esterca no S. Martinho.
· Tudo em Novembro guardado: ou em casa ou enterrado.
· Pelo São Martinho todo o mosto é bom vinho.
Se o inverno não era caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
domingo, 9 de novembro de 2008
Ainda há tantos muros e barreiras para caírem !!!
O Muro de Berlim foi uma realidade e um símbolo da divisão da Alemanha em duas entidades estatais, a República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: Berlim Ocidental (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos da América; e Berlim Oriental (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético (ver mapa aqui). Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, faz hoje 19 anos, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.
O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.
Queda do Muro
O Muro de Berlim caiu na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago Neusiedler See. O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Straße, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois deslocaram-se à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.
Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitas boates perto do muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes, cumprimentavam-se. Cidadãos de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que até então não eram acessíveis aos ocidentais. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento,espontaneamente cantaram a hino nacional da Alemanha, e os deputados espontaneamente cantaram a hino nacional da Alemanha.